Realizando o desejo de me tornar Submisso

Uma atração estranha, porém tão satisfatória. Se talvez meus estudos fossem uteis para desvendar meus desejos, aí seria mais fácil compreender. Porém não são! Não são pois o senso comum me atrapalha a deixar tudo comum (ou talvez seja exatamente o que mais faz querer cada vez mais). Servir! Me deixa louco de tesão – uma vontade insana de me ajoelhar perante um Homem e chama-lo de ‘Meu Senhor’. Fazer todas as suas vontades – ainda melhor se for um sádico, que faça de mim instrumento para esfriar sua vontade de infligir dor. É de certa forma estranho – mas não pelo ato em si – e sim pelo dissenso ao que é ‘ordinário’. Porém, no momento da servidão em si não há espaço em minha mente para senso comum. Há apenas mais e mais desejo: de ser propriedade de alguém; de ser surrado; de venerar; de deixar claro minha inferioridade perante um dono; de ter um dono; e claro, obedecer.

Dito isso, digo logo ao leitor que é disso que se trata esta história: Um rapaz (eu!) maior de idade, que por escolha própria, se entregou a um dono; colocando-o em um pedestal de superioridade; e a si mesmo como inferior, servo e escravo. As obrigações as quais me dediquei a me preocupar (do meu dono), só existiram pois, assim as classifiquei. Pois sinto prazer em servir!

Não me ocuparei tanto em descrever como nos conhecemos, nisso serei bem breve. De certa forma é desinteressante esta parte, o que precisa ser dito é que procurei por um tempo na internet, em diversos sites de relacionamento BDSM. As primeiras sessões foram pelo Skype após conversarmos um pouco – eu me ajoelhei da forma que Ele me mandou e o servi através de uma webcam. A sensação de servir era tão prazerosa que o desejo de que aquilo se tornasse real de fato me deixava desfocado da realidade. Já havia servido outros (também online), mas Ele que agora chamo de Mestre, era tão bom que cedi a o irresistível. Ele se chama Elber. Me apaixonei por ele não só por ser um Homem bonito (e gostoso), mas principalmente pela sua paixão pelo BDSM; que muitos dos que servi antes não tinham. Os outro tinham apenas um tesão momentâneo. Ele não, assim como eu ele é dedicado a tornar a experiência algo real – não uma mera fantasia. Ele Mestre e eu servo.

No dia que marcamos de nos encontrarmos para uma sessão real já havia uma semana que eu usava o cinto de castidade. O que foi sensacional por sinal, pois o tesão era inexplicável. Para àqueles que não entendem pode parecer estranho, mas a sensação de dar prazer – e não o sentir – é essencial. Na verdade, o prazer que sinto está nisso, em satisfazer, mas nunca ser satisfeito.

Nos encontramos em uma praça, próxima a um motel. Quando cheguei Ele ainda não estava lá, mas não demorou muito Ele chegou. Minhas pernas tremiam muito e minha ansiedade para que fossemos logo para o motel era gigante. Principalmente quando o vi chegando. Nem tentei evitar desviar o olho Dele se aproximando, do carro até o onde eu estava.

– Admirando? – ele perguntou quando finalmente estava do meu lado.

– Sim.

– Gostou? Ou ta decepcionado?

– Nenhum um pouco de decepção!

Ele me abraçou e sentamos no banco da praça. Me olhou sentado do lado dele e pôs a mão na minha nuca. Eu apenas ria com o canto da boca.

– Ta nervoso né. Pode ficar tranquilo, você vai curtir. Eu vou começar com calma com você.

– Ok!

– ‘Ok Senhor’, não esquece. É assim você tem que me chamar!

– Ok Senhor! – Falei com um sinal de reverência com a cabeça.

– Estudou tudo que eu te mandei?

– Sim Senhor!

Ele se referia as instruções que ele havia me mandado por mensagem no sábado anterior:

Mensagem:

“Te encontrarei às 17h na praça do Ipiranga, no sábado. Vc deve chegar às 16h50min e me esperar no banco na frente da tabacaria. Não leve nada além do seu celular e uma escova de dentes.

Instruções de corpo e higiene:

1) Bunda, pernas, saco, axilas e barba devem ser raspadas; além de unhas cortadas;

2) O cinto de castidade deve ser colocado hoje, não podendo ser retirado nesse período;

3) Durante esta semana se limite a alimentos leves, sem muita gordura ou excesso de açúcar;

4) Até o dia da sessão está proibido de obter qualquer estimulo sexual, mesmo que por pornografia;

5) Não se esqueça da lavagem anal antes de ir para o ponto de encontro;

Segurança:

– Fico comprometido a parar a sessão ou reduzir a intensidade quando o escravo dizer às seguintes palavras:

Coelho: para reduzir a intensidade;

Zebra: para parar completamente a sessão;

Regras durante a sessão:

– O escravo deve tirar a roupa e se por de joelhos perante o Mestre no momento que chegarmos no local da sessão.

– O escravo deve falar apenas quando lhe for permitido, salvo para agradecer os atos do Mestre, dizendo “Obrigado Senhor” – sendo permitido que repita sempre que quiser; ou para dizer alguma das palavras de segurança sempre que achar necessário;

– É proibido que o escravo se estimule sexualmente sem autorização do Mestre;

– O escravo deve ficar de joelhos ou em posição de reverencia perante o Mestre durante todo o período da sessão quando não houver nenhuma outra ordem do Mestre.

– A sessão durará todo o período em que estivermos no motel, ou seja, durante toda a noite de sábado, encerrando às 6h do Domingo.

– O escravo deve se referir sempre ao Mestre como “Senhor” ou “Meu Senhor”.

– O escravo deve entregar a chave do cinto de castidade ao Mestre quando se encontrarem, que a devolverá no final da sessão.”

Eu estava tão ansioso durante a semana de espera, que li a mensagem várias vezes. Não queria errar nada. Fiquei tanto tempo pensando nisso, prometi para mim mesmo que faria meu máximo para não dizer nenhuma vez as palavras de segurança. Queria tanto que ele gostasse de me usar; que sentisse prazer em me ter como seu submisso. Mas o meu êxtase era tanto quando o vi, que na hora só pensava em irmos logo para o motel.

Ele me olhou bem nos olhos, como se estivesse esperando algo. Ficou alguns segundos em silencio. Até que disse:

– Não está esquecendo nada?

De cara me veio na mente – “A chave!”. Peguei rápido no bolso um colar de corrente fina que tinha deixado preparado a chave e o entreguei, já me desculpando. Ele olhou para a chave no colar, deu uma risadinha e respondeu:

– Vou deixar essa passar, gostei da corrente.

Ele colocou no pescoço se levantou do banco me olhando de cima e me falou fazendo um movimento com a sobrancelhas:

– Eai, vamos!

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