Desde moleque, quando internet não era nem sonho, pornografia sempre me excitou muito.
Mas eu não ligava muito para aquelas revistas de mulher pelada, não.
Até tinha curiosidade em ver aquela atriz gostosona nua, ficava de pau duro, e tudo…
Mas nada se comparava àquelas revistas baratinhas de putaria, as mais ordinárias possíveis.
As fotos eram muito toscas. As modelos, longe de serem maravilhosas, na maioria das vezes tinham até barriga. O importante mesmo era o bundão enorme e aquela bucetona toda peluda.
E eu, adolescente, ficava todo excitado. As revistas duravam pouco tempo, logo ficavam com as páginas todas grudadas ou com aquelas manchas horrorosas.
Mas por que as Playboys da vida ficavam intactas, enquanto as de putaria, mesmo com mulheres muito menos bonitas, me deixavam louco de tesão?
As respostas foram surgindo com o tempo…
Um dia, por engano, veio dentro de uma das revistinhas que a gente pegava escondido na banca, com aquele camarada “fornecedor” gente boa, uma meio diferente. Aliás, meio não. BEM diferente.
Em vez de homens e mulheres se pegando (ou só mulheres, coisa que eu também fui vendo que não apreciava muito), só caras…
Mas que porra era aquela? Quem tinha colocado revista gay no meio das outras?
A primeira reação foi de jogar longe… Vontade de rasgar, de ir devolver na banca. Mas, “só por curiosidade”, me peguei folheando.
Caralho, os caras eram fortes. Não se usava o termo “sarado” na época ainda.
O que dois sujeitos com a maior pinta de héteros (que também não se dizia) faziam fodendo um o cu do outro?
E por que raios meu pau estava se manifestando dentro da cueca?
Quando cheguei no final da “fotonovela”, já estava com ele para fora e fazendo movimentos involuntários. Ou nem tanto.
Na foto do cidadão com a cara toda melecada de esperma, eu estava mordendo o lábio inferior e passando a língua pelo canto da boca.
Interrompi a punheta, atirei longe a revistinha e me recriminei por aquele “ato falho”. Mas passei o resto do dia com aquelas imagens na cabeça. À noite, quando fui tomar meu banho, terminei o serviço, mas jurando pra mim mesmo que não estava pensando no peitoral definido, nas coxas grossas e na pica gigantesca e trincando de dura que se esporrou toda no rosto do amiguinho.
Cheguei a dar uma passada de língua pelo que encheu a palma da minha própria mão, mas senti nojo, quase vomitei.
No dia seguinte, voltei à banca, para fazer a tradicional troca. Naqueles tempos, era assim que funcionava o “download”. Pelo menos as que permaneciam com as páginas descoladas.
Pensei em devolver exatamente como peguei, uma dentro da outra, parecendo que nem tinha reparado, mas resolvi brincar com o amigo jornaleiro.
— Olha o que você me mandou errado dessa vez… Tá me estranhando?
Primeiro ele pediu desculpas, o que pareceu sincero. Tinha uma expressão meio constrangida, até.
Diante do sorriso que mantive no rosto, entretanto, relaxou. Quebrando o silêncio, perguntou:
— E aí, gostou da revista “diferente”?
Caímos os dois na gargalhada.
Quando estava saindo com a encomenda do dia, no entanto, ele, meio tímido, indagou:
— Não quer levar outra “por engano”?
Frisando bem as duas últimas palavras ao final da pergunta.
Gaguejei, estremeci, tive vontade de sair correndo. Mas não consegui recusar. A punheta da noite anterior tinha sido a melhor da minha vida, até então.
Com o maior medo, vergonha do amigo, pavor de deixar cair da sacola preta e ser pego no pulo, voltei para casa na metade do tempo que costumava levar.
No meio da meia dúzia de revistas com as loiras de farmácia e morenas de penteado cafona, em cima e embaixo, fui logo para a menorzinha, com menos páginas.
Logo na primeira, um negro alto, calvo e com bíceps imensos “se encontrava por acaso” com um branquinho magrinho.
Não havia roteiro nenhum. Só uns balõezinhos de história em quadrinhos com frases de pouco sentido e erros gramaticais graves, aliás.
Mas parecia a história mais emocionante do mundo para mim. Dava para ouvir as batidas do meu coração e a minha respiração meio ofegante de longe.
Antes do final da primeira página, a piroca do morenão já estava de fora. E servindo de pirulito de carne na boca do magrelo sortudo.
E o que era aquela tora negra?
Nem parecia de verdade, de tão grande. O branquinho parecia com a boca cheia e ainda sobrava uma enormidade do lado de fora.
Quando botou no rabo do cara, então, deu até medo de olhar.
Como era possível caber uma pica daquele tamanho e calibre dentro do ânus de alguém?
Por tocar nisso, era a primeira vez que eu me masturbava usando algo mais que a mão direita. O dedo médio da mão esquerda fazia movimentos circulares na entrada do meu cuzinho. E eu nunca sentira algo tão prazeroso na vida.
Quando me penetrei, a reação foi meio incômoda, dolorosa, de querer expulsar o “invasor”.
Mas, instantes depois, já estava adorando a sensação. Dois dedos entrando e saindo, enquanto a outra mão fazia os movimentos convencionais.
E que gozada maravilhosa foi aquela. Bem na última página, em que o negro, depois de arrebentar com a bunda do amigo, o brindou com fartos jatos de porra.
A foto dele com a cara toda lambuzada, um pouco cobrindo nariz e bochechas, outro tanto sobre a língua, era a coisa mais excitante que eu já havia visto.
E a expressão de felicidade no olhar daquele viadinho era a mais verdadeira possível.
Dessa vez não tive nojinho algum. Lambi meu próprio esperma como se fosse uma colher de leite condensado. O gosto não era dos melhores, mas o tesão fazia parecer igual. Ou melhor.
Não parei nunca mais de apreciar a arte erótica.
Na banca, nunca mais levei uma revista convencional para casa. O fornecedor já tinha separado as melhores quando eu chegava para buscar.
Mas foram muitas fantasias apenas, até que eu transformasse aquele desejo secreto e proibido em algo real, palpável e concreto.
Vieram os filmes no cinema pornô da cidade de interior, onde não pediam identidade, mas custei a ter aparência de maior.
Enquanto os amigos babavam nas xerecas das atrizes, eu me contorcia na cadeira de vontade de estar chupando aquelas pirocas em tamanho ainda maior na tela.
As escapadas para o fundo, para socar aquela bronha furiosa no banheiro do cinema, depois de uma cena mais picante. Ou uma esporrada mais generosa.
Quando eram em grupo, com um ou mais amigos indo junto para se masturbar, aquela vontade louca de terminar o serviço para eles, mas sem coragem alguma de assumir.
Até o dia em que fui sozinho e, na poltrona do canto, perto da parede, tinha um cara se alisando discretamente.
Mesmo na escuridão, o movimento era inconfundível, assim como o gemido.
Pulei primeiro para a poltrona do lado, depois mais uma e outra.
Entre nós, ficou apenas uma vazia. E eu, com o coração aos pulos. E o cuzinho virgem piscando de desejo.
E a falta de coragem de saltar aquela última cadeira? E o medo de ser rechaçado, descoberto pelo “lanterninha” ou os outros frequentadores?
Foram para o espaço.
A sensação de ter nas mãos aquele primeiro pau que não fosse o meu próprio foi extasiante.
Era algo pelo qual eu esperava, sem saber, a vida toda.
Foi só uma punheta rápida, não dava para mamar e muito menos cavalgar. Não por falta de vontade, mas de espaço, pura e simplesmente.
Mas foi algo de que nunca me esqueci.
Abriu a porta para todas as outras maravilhosas experiências que tive depois. E estou tendo até hoje, mais de vinte, quase trinta anos depois.
Homens que me satisfizeram plenamente, em todos os meus desejos mais íntimos e loucos.
Que bom que descobri do que gostava.
Adorei, parabéns e obrigado até me fez lembrar das minhas primeiras sacanagens, sempre soube que gostava de homens mas demorei muito para realizar minhas fantasias e infelizmente ninguém nunca tentou “abusar” de mim, mas mesmo começando tarde deu pra aproveitar, agora mais velho fico esperando as oportunidades que se tornam cada vez mais raras.
Delicia adorei para mim também foi assim
Delicia adorei