Quando eu era adolescente, participava de um grupo de teatro de minha cidade. Quem já fez teatro sabe que é a putaria, todo mundo come todo mundo. Mas eu era o mais comportado e o mais ajuizado, tanto que era sempre o responsável pelo dinheiro. Era eu que recebia e distribuía o pagamento pelas apresentações. Todo mundo tinha confiança em mim, mas também era verdade que todos os homens do grupo queriam trepar comigo. Afinal, eu era uma espécie de troféu inatingível.